Durante muito tempo os jogos foram malvistos pelos pais e professores por serem consideradas formas de distração dos estudos, mas esse tipo de pensamento pode estar com os dias contados.
Divulgada no início do ano, a pesquisa NMC Horizon Report: 2014 Higher Education Edition, sobre as tendências tecnológicas para o Ensino Superior, apontou o uso mais frequente de games na educação como uma das mudanças previstas para os próximos três anos.
Os jogos são capazes de estimular características desejadas em futuros profissionais, como a criatividade, o trabalho em equipe e a capacidade de resolver problemas inesperados. Mas, afinal, como incluí-los nas rotinas acadêmicas?
Segundo o estudo, os games já são usados em algumas instituições norte-americanas e devem ser aderidos por um número cada vez maior de universidades sob a forma de desafios de conhecimentos e simulações digitais que oferecerão recompensas aos alunos, tais como medalhas e rankings.
Na Montclair University School of Business, nos Estados Unidos, por exemplo, os estudantes simulam que são diretores de uma empresa e jogam com competidores do mercado global, desenvolvendo o raciocínio profissional. São situações como essa que aumentam o apelo educativo dos jogos.
O professor Dr. Stavros P. Xanthopoylos, vice-diretor do IDE/FGV e vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), afirma que os games já são usados no Brasil e, para darem certo, precisam atrair o interesse do estudante, o que não implica necessariamente em ter plataformas tridimensionais e afins. "É importante lembrar que o game nem sempre precisa ser em 3D. Ele precisa ser atrativo ao estudante, mas sem perder o foco, que é atingir o objetivo do aprendizado da melhor forma."
Portanto, a pesquisa concluiu que nos próximos anos os games provavelmente perderão o aspecto de "problema" nas salas de aula e ganharão o status de ferramenta educacional. Você duvida?