Super Famicom

Super Famicom

O ano era 1990 e as coisas caminhavam muito bem para a SEGA, que faturava cada vez mais com seu Mega Drive de 16 Bits enquanto o NES-8 Bits perdia mais e mais espaço no mercado mundial de consoles. No entanto, em 21 de novembro, a Nintendo fazia o lançamento, no Japão, do Super Famicom, seu novo console, agora com também 16 Bits, além de outros componentes de configuração superior ao console da SEGA, o que permitia gráficos de maior qualidade.

Graças a essa capacidade de processar jogos com melhor qualidade visual, o Super Famicom (que somente no ano seguinte, quando fosse lançado nos EUA, receberia o nome de SNES) elevou os jogos a um novo patamar. Seu hardware incluía um processador Ricoh 5A22 de 16 bits, 128 KB de memória RAM e 64 KB de memória de vídeo.

O aparelho foi pioneiro no uso de chips especiais nos cartuchos, como o Super FX para gráficos 3D avançados e o chip de som S-SMP para áudio de alta qualidade. Essas inovações técnicas ajudaram a expandir as possibilidades dos jogos e abriram caminho para o futuro da indústria.

Super Famicom
Super Famicom
Joystick do Super Famicom
Joystick do Super Famicom

O projeto do console sempre foi elogiado por sua qualidade de construção e confiabilidade, e dentre os principais responsáveis pelo desenvolvimento do Super Famicom, podemos citar:

- Masayuki Uemura: Conhecido como o "pai do Super Famicom", Uemura foi um dos principais engenheiros envolvidos no desenvolvimento do console. Ele supervisionou o projeto e contribuiu para a arquitetura do hardware.

- Ken Kutaragi: Embora mais conhecido por seu papel no desenvolvimento do PlayStation da Sony, Kutaragi também teve participação no projeto do Super Famicom/SNES. Ele foi responsável pelo desenvolvimento do chip de som do console.

- Gunpei Yokoi: Embora Yokoi seja mais conhecido por seu trabalho no Game Boy, ele também desempenhou um papel importante no desenvolvimento do Super Famicom. Como um dos principais designers da Nintendo, ele ajudou a orientar o design geral do console.

- Satoru Iwata: Embora Iwata seja mais conhecido por seu papel como presidente da Nintendo, ele também contribuiu para o desenvolvimento do Super Famicom. Ele trabalhou no projeto de programação do console e foi responsável por otimizar o código e melhorar o desempenho do hardware.

Os jogos do Super Famicom eram conhecidos por sua jogabilidade envolvente, trilhas sonoras memoráveis e histórias cativantes. Eles exploravam as capacidades técnicas do console e ofereciam uma experiência imersiva para os jogadores. Talvez o melhor exemplo disso seja o título Donkey Kong Country, que chocou tanto a mídia especializada quanto os jogadores com seus gráficos e trilha sonora fantásticos.

Donkey Kong Country
Donkey Kong Country

De forma geral, a biblioteca de jogos do Super Famicom/SNES sempre foi elogiada como uma das melhores de todos os tempos. Títulos icônicos como Super Mario World, The Legend of Zelda: A Link to the Past, Super Metroid, a própria trilogia Donkey Kong Country e tantos outros nunca serão esquecidos.

O Super Famicon/SNES deixou um legado duradouro na indústria de videogames. Ele ajudou a estabelecer a Nintendo como líder da indústria e consolidou várias franquias e personagens amados até hoje. E isso ocorreu, vale lembrar, num período de disputas acirradas com a SEGA pela hegemonia no mercado de entretenimento eletrônico doméstico.

Donkey Kong Country
Donkey Kong Country

A influência do console da Nintendo é evidente até mesmo em jogos modernos, com muitos estúdios e desenvolvedores citando os clássicos do Super Famicom/SNES como fonte de inspiração. Para os fãs de jogos clássicos, o SNES é o símbolo de uma era mágica e um testemunho da paixão e inovação da Nintendo na criação de experiências de jogo inesquecíveis.

Curiosidade: Na Coréia do Sul o Super Famicom foi lançado com nome de Super Comboy.